sábado, 25 de janeiro de 2025

Os cidadãos podem e devem organizar os seus próprios cuidados de saúde



Um jovem, com pouco mais de trinta anos, que vive com a sua família entre Viana do Castelo e Ponte de Lima, tem dores horríveis num pé, porque tem um dedo a mais, que está cada vez maior. Há meses que não pode andar e não sai de casa. A intervenção necessária é relativamente simples, mas há uma lista de espera de cerca de dois anos! Ingenuidade a minha. Esta lista de espera não é para a intervenção, mas para a primeira consulta de especialidade no hospital público a que está confinado!

Não há coincidências! Patologias raras e graves, o que não é aqui o caso, continuam a ser relativamente comuns em famílias, nas aldeias do Norte, onde a utilização de pesticidas é ainda hoje, uma prática comum para salvar as colheitas, a vinha e as pequenas hortas familiares. 

A informação nas embalagens dos pesticidas e as formações dadas pelos formadores, são, desde longa data, manifestamente insuficientes e claramente do desagrado dos utilizadores. A obrigação de proteger, efetivamente, os cidadãos não leva os serviços de saúde locais, públicos ou privados a investigar, para prevenir. Provavelmente têm coisas mais importantes a fazer, como contar os atendimentos e os lucros?

 

As coisas mais importantes, não são coisas.

M.F.M.eC.N.