“Não, não vou por aí.”
Nada, ou quase nada, funciona em condições ou tem qualidade. Esta é a opinião que há dezenas de anos a grande maioria dos cidadãos manifesta sobre o país, em todos os inquéritos e estudos.
É expectável que estas perceções reflitam sensações de grande angústia, desespero e desalento que, por sua vez, provocam sérios danos na saúde das pessoas. Na Comunidade Europeia, os cidadãos portugueses são dos que mais antidepressivos e ansiolíticos consomem, sendo que muitos o fazem durante toda a sua vida, com consequências terríveis.
Insatisfeitos pela forma como o Estado, os governantes e as empresas os tratam, os cidadãos manifestam-se na rua, quase todas as semanas, e pedem “respeito”. Os custos são enormes e irrecuperáveis. A percentagem dos cidadãos que todos os anos foge ou abandona o país é das mais elevadas na União Europeia.
As pessoas acham que são desconsideradas e maltratadas.
Quando os cidadãos se sentem desesperados e ignorados, os danos de ordem social, cultural e económica são enormes. Nada disto é uma fatalidade, muito menos em democracia, mesmo tendo em conta que a atual democracia não é nem representativa (o cidadão não se faz representar), nem participativa (o cidadão não participa nas decisões).
A qualidade da saúde física e emocional dos cidadãos depende da qualidade da sociedade, das elites, das empresas, das instituições e dos governantes.
No Child Support Lisboa Psicologia somos ativos e participativos na sociedade. Os serviços que prestamos, a pessoas individuais ou a organizações, têm como objetivo resolver problemas.
Aqui somos da opinião que o cidadão, cada cidadão, individualmente, e cada criança, têm de ser colocados em primeiro plano. Os seus interesses e bem-estar estão acima dos nossos interesses pessoais, acima dos interesses das empresas, dos políticos, dos governantes e do Estado. O contexto e a base lógica, ou racional, desta convicção está em documentos tais como: a EU 12 Principles of Good Democratic Governance, a Carta dos Direitos Fundamentais da UE e os Direitos da crianças da União Europeia, assim como na Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas. Democracias e empresas humanistas, não hostis ao ser humano, geram cidadãos satisfeitos, criativos, empenhados e saudáveis. A eficiência, a produtividade e a qualidade, aliadas à responsabilidade, são possíveis com um esforço comum, multifacetado e integrado.
Em democracia podemos e devemos ser mais exigentes e mais eficientes. Em democracia os princípios éticos, morais e humanistas podem e devem ser mais explícitos e aglutinadores.
Tendo em conta a
qualidade e a acessibilidade da ciência e dos conhecimentos atuais, a incompetência, a desonestidade e a indiferença não são uma fatalidade, mas uma escolha que, a prazo, não interessa a ninguém.